terça-feira, 15 de novembro de 2011

A União Ibérica e as ameaças externas na América portuguesa

        Desde  1580, como resultado da crise dinástica em decorrência da morte do rei D.  Sebastião, Portugal foi anexado pela coroa   nas mãos de um mesmo soberano,   regime que durou até 1640 e a historiografia  designa por União Ibérica.
       Nos tempos do reinado de Felipe  II,  a exploração das minas de prata da América  espanhola havia atingido o seu apogeu .Tendo em mãos recursos abundantes,  Felipe II   aliou o poderio  econômico a  uma agressiva    política internacional, da qual resultou a anexação de Portugal.
         Assim, de 1580 até 1640, o rei da Espanha   passou a ser ao mesmo tempo, rei de Portugal, dando origem  a o período conhecido como “União Ibérica”. 
        Analisando o regimento de Tomé de Souza de Souza, observamos  que o governador geral deveria, entre outras atribuições,  fundar uma cidade fortaleza  capaz de se defender da constante presença de estrangeiros na costa do Brasil e garantir a segurança dos colonos,   ante  as constantes revoltas indígenas. Em linhas gerais,                      constatamos  que a Coroa estava preocupada, principalmente  em defender e garantir  a posse do território   de preferência com retornos lucrativos, embora não faltasse ao documento as naturais demonstrações  de interesse   pela propagação do catolicismo.
 
          Portanto, no que pese aos anseios  da Coroa em sua jornada   de expansão o regimento não garantia por se só cumprimento dos desejos reais, bem como não representou um modelo universal da expansão portuguesa.Pelo contrário, suas determinações   variavam de acordo com  às necessidades locais, ou mesmo das carências renóis.  Entretanto, em diversos trechos do Regimento de Tomé de Souza, como, aliás , em outros  regimentos de Governadores do Brasil, o caráter de improvisação sempre esteve presente.
          Portanto, a evidência é clara  que os chamados embargos filipinos não produziram o efeito desejado,certamente por insistirem numa ausência de estratégia defensiva,seja em terra ou no mar,os ataques de corsários e piratas , continuaram a molestar os habitantes da colônia,bem como  os mercadores  em alto mar.
         Por isso,vários outros corsários e piratas  tentaram e muitas vezes conseguiram, saquear portos, vilas e embarcações.

Nenhum comentário:

Postar um comentário