Desde 1580, como resultado da crise dinástica em decorrência da morte do rei D. Sebastião, Portugal foi anexado pela coroa nas mãos de um mesmo soberano, regime que durou até 1640 e a historiografia designa por União Ibérica.
Nos tempos do reinado de Felipe II, a exploração das minas de prata da América espanhola havia atingido o seu apogeu .Tendo em mãos recursos abundantes, Felipe II aliou o poderio econômico a uma agressiva política internacional, da qual resultou a anexação de Portugal.
Assim, de 1580 até 1640, o rei da Espanha passou a ser ao mesmo tempo, rei de Portugal, dando origem a o período conhecido como “União Ibérica”.
Analisando o regimento de Tomé de Souza de Souza, observamos que o governador geral deveria, entre outras atribuições, fundar uma cidade fortaleza capaz de se defender da constante presença de estrangeiros na costa do Brasil e garantir a segurança dos colonos, ante as constantes revoltas indígenas. Em linhas gerais, constatamos que a Coroa estava preocupada, principalmente em defender e garantir a posse do território de preferência com retornos lucrativos, embora não faltasse ao documento as naturais demonstrações de interesse pela propagação do catolicismo.
Portanto, no que pese aos anseios da Coroa em sua jornada de expansão o regimento não garantia por se só cumprimento dos desejos reais, bem como não representou um modelo universal da expansão portuguesa.Pelo contrário, suas determinações variavam de acordo com às necessidades locais, ou mesmo das carências renóis. Entretanto, em diversos trechos do Regimento de Tomé de Souza, como, aliás , em outros regimentos de Governadores do Brasil, o caráter de improvisação sempre esteve presente.
Portanto, a evidência é clara que os chamados embargos filipinos não produziram o efeito desejado,certamente por insistirem numa ausência de estratégia defensiva,seja em terra ou no mar,os ataques de corsários e piratas , continuaram a molestar os habitantes da colônia,bem como os mercadores em alto mar.
Por isso,vários outros corsários e piratas tentaram e muitas vezes conseguiram, saquear portos, vilas e embarcações.
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